Por Bruna Rafaele
Onde você se prende? Num relacionamento que não dá mais certo? Em atitudes que você toma para agradar os outros e dizer não às suas próprias vontades? No papel de gente boa para ganhar elogios e ser aceito pelas outras pessoas?
Você já sentiu uma agonia por dentro que vem junto com uma vontade de se libertar? Alguma vez percebeu em você um grande desejo de mudar completamente de postura e de opinião sobre algum assunto? E como você agiu? Engoliu essa vontade e reprimiu isso dentro de você? Até tomou uma atitude diferente, mas como não soube bancar sua postura sendo fiel a si mesmo, foi reprimido pelos outros e aceitou a repressão externa também?
Se você respondeu sim às perguntas acima, reflita:
Você se acha mesmo merecedor da felicidade?
Você se acha capaz de se dar felicidade?
Será que viver nessa prisão vale realmente a pena, será que realmente é a melhor opção negar a si mesmo para conseguir em troca algo dos outros?
Você não poderia mesmo, em nenhuma hipótese, dar a você mesmo o que essas pessoas lhe dão?
Eu vejo muitos casos de pessoas que não se permitem viver feliz, renunciam até mesmo sua vontade de sorrir em troca de manter uma imagem para os outros. Tais pessoas estão sempre sofrendo com uma sensação de aprisionamento e grande angústia. Sim, porque estão tomando atitudes contrárias a elas mesmas - estão agindo como seus grandes inimigos.
Se você passa por isso, entenda que essas sensações de estar numa prisão são mensagens de seu corpo pedindo que você tome uma atitude a favor de si mesmo. Claro que isso não é nada fácil para quem vive uma vida inteira respeitando muito mais as vontades dos outros do que as suas próprias. O mais impressionante que acontece na vida das pessoas que se aprisionam por dentro é que elas sempre atraem para perto delas pessoas que a reprimem mais ainda.
Uma cliente me contou que desde quando era criança foi reprimida por seus pais. Ela passou a vida toda sendo alvo de repressão e, para ela, escrever uma redação sobre si mesma e suas opiniões era algo impossível. Depois arrumou um marido que alimentou mais ainda essa repressão, impondo a ela o que ela deveria fazer e dizer. Que vida mais difícil de se viver, não?
Tudo isso porque dentro dela havia uma repressão e um medo muito grande de se soltar e de ser quem ela realmente é - uma mulher linda e exuberante. Mostrar para a pessoa que ela se reprime é algo muito difícil, pois exige muita clareza de que ela mesma se põe como uma escrava dos outros, como alguém que não merece ser feliz.
Muitas pessoas são submissas sem mesmo sentir isso - tomam essa atitude por gratidão, por pena ou por qualquer outro sentimento que acham que é valioso de ser nutrido. Além disso, essas pessoas vivem num ciclo vicioso enorme, porque entregam o poder de suas vidas nas mãos dos outros. Mas será mesmo que se renunciar, viver uma vida sem nenhum prazer em viver é satisfatório?
E você? Acha mesmo que vale a pena viver aprisionado, deixando de fazer o que quer para agradar os outros?
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