Para ter a inclusão do nome social, o estudante maior de 18 anos deve manifestar seu desejo por escrito na escola, no ato da matrícula ou a qualquer momento no decorrer do ano letivo. Os menores devem ter a autorização dos pais para que a inclusão seja feita. O nome será usado no diário de classe e nos demais registros internos. No histórico escolar e em declarações e certificados haverá apenas o nome civil.
A Secretária de Educação do Distrito Federal, Eunice Santos, diz que a medida tem como objetivo criar um ambiente educacional que trabalhe com a diversidade.
- Não queremos banalizar ou desconsiderar o registro oficial. Apenas queremos respeitar o seu direito de escolha e fazer que a pessoa se sinta incluída no ambiente social, principalmente na instituição educacional, que é o primeiro contato social fora do ambiente familiar - diz.
O estudante Felipe Dias, homossexual assumido, embora não seja nem transexual nem travesti, acredita que a medida é uma maneira de reduzir a homofobia nas escolas.
- Acredito que essa medida ajudará a reduzir o preconceito contra os homossexuais em geral. Somos iguais independentemente da orientação sexual. Acima de tudo o respeito deve prevalecer, principalmente no ambiente escolar - diz.
A medida adotada pela Secretaria de Educação se baseia no estudo Relevando Tramas, Descobrindo Segredos: Violência e Convivência nas Escolas, realizada pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana em 2008. O trabalho teve a participação de 9.937 estudantes e 1.339 professores, em 84 escolas do DF.
Para implementar as determinações da portaria, professores receberam treinamento no sentido de trabalhar a diversidade sexual. Segundo a secretária de Educação, o projeto do Distrito Federal é pioneiro, mas outros estados já manifestaram interesse em adotar iniciativa semelhante.
O Globo, com informações da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário