A quarta idade e os tratamentos terapêuticos
O acelerado desenvolvimento tecnológico, observado nas últimas décadas do século passado, permitiu que a descoberta de novas drogas, inclusive com a incorporação da engenharia genética, possibilitasse um aumento exponencial na sobrevida média do ser humano.
Hoje, falamos não só da terceira idade como a quarta idade passa a ser um conceito familiar. Acompanho no consultório pacientes acima de 80 anos que já dispõem de um arsenal terapêutico invejável para enfrentar suas doenças crônicas. Além de uma quantidade razoável de cápsulas que são ingeridas diariamente, realizam sessões semanais de fisioterapia, Pilates, Reabilitação Postural Global- RPG, hidroginástica e caminhadas além de acompanhamento nutricional e terapias de grupo para esta faixa etária com palestras sobre prevenção em saúde e atividades lúdicas visando uma inserção social mais adequada.
Uma característica peculiar nesses pacientes é um extremo envolvimento familiar gerando uma rede de proteção em que esses idosos, além da riqueza da longa experiência vivida, nos ensinam que essa fase da vida pode ser de muita plenitude. Uma vez ao questionar um paciente de 84 anos e, meu cliente há muitos anos, sobre o que ele achava que ainda faltava a ser realizado, este me retrucou se algum dia eu me imaginei com esta idade e quais os planos ainda a serem concretizados. Surpreso com sua assertiva, respondi que nunca havia pensado sobre um futuro nesta idade e muito menos em realizações.
Com um sorriso matreiro ele concluiu que os planos nesta fase de vida são a somatória de uma maturidade serena e humildade frente às adversidades inexoráveis. Toda vez que me deparo com pacientes muito mais jovens e em fase produtiva de vida, percebo que todos têm queixas comuns. Estão no cardiologista para check-up periódico ou tratamento de doenças cardiovasculares e todos reclamam da falta de tempo.
Lembrando meu saudoso e inesquecível paciente, o tempo que nos falta, é a miopia para a beleza contida numa conversa descompromissada e no ócio criativo de um pensamento libertino.
Dr. Vladimir Miguel é cardiologista
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Excesso de peso na meia idade
Mulheres obesas tem 80% menos chances de ter uma vida saudável em idades posteriores
Por Minha Vida
Um estudo que acaba de ser publicado no periódico British Medical Journal revela que mulheres obesas já a partir dos 18 anos de idade e na meia-idade têm 80% menos chance de ter uma vida longa e com saúde. Foram estudadas mais de 17 mil mulheres americanas que atingiram os 70 anos de idade sendo que apenas 10% delas foram classificadas como tendo alcançado uma velhice com saúde.
Vida saudável após 70 anos de idade foi definida como bom desempenho cerebral, boa saúde física e mental e ausência de doenças crônicas sérias como câncer, diabetes, doenças do coração, pulmonares e neurológicas. A análise mostrou que cada quilo a mais no peso que as mulheres tinham aos 18 anos é capaz de reduzir em 5% a chance de elas atingirem o padrão de vida saudável após os 70 anos. As mulheres que já apresentavam sobrepeso aos 18 anos e ainda ganharam 10 kg ou mais na meia-idade foram aquelas que menos chances tinham de alcançar em idades mais avançadas o estado de vida saudável.
A obesidade está associada a uma menor longevidade e a um maior risco de uma série de doenças, incluindo as mais temidas, como o câncer e as doenças cardiovasculares. Essas doenças estão relacionadas à morte prematura, e o que esse estudo nos mostra de forma inédita é que mesmo as mulheres que chegam aos 70 anos sentem os prejuízos da obesidade à saúde. Os resultados ainda reforçam a importância de se manter o peso já precocemente na vida, pois a obesidade já no início da vida adulta irá influenciar o estado de saúde em idades avançadas
Dr Ricardo Teixeira
Especialidade: Neurologista
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