ATIVISTAS COLOREM BRASÍLIA EM MANIFESTO CONTRA A HOMOFOBIA
18/05/2011 - 17h20
Cerca de cinco mil pessoas participaram na manhã desta quarta-feira, em Brasília, de uma manifestação na esplanada dos Ministérios. Vestidos com trajes regionais típicos e portando bandeiras dos seus Estados, eles lotaram vários ônibus e vieram à capital federal para exigir amparo legal contra a homofobia e a livre orientação sexual.
O ato, organizado pela ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), teve como principal reivindicação a aprovação do Projeto de Lei 122/96 que criminaliza a homofobia, aversão aos homossexuais.
Vários parlamentares discursaram em frente à Catedral Metropolitana e depois se misturaram aos manifestantes. Diante do gramado do Congresso Nacional, eles cantaram o hino nacional e ouviram o depoimento de Angélica Ivo, mãe do garoto Alexandre Thomé Ivo Rajão, torturado e estrangulado no ano passado, em São Gonçalo (Rio de Janeiro), vítima de um ataque homofóbico.
Um grupo de funcionários das agências das Nações Unidas em Brasília segurava uma faixa se manifestando contra qualquer forma de homofobia.
Os representantes do Programa Conjunto da ONU para o HIV e Aids (Unaids) no Brasil, Pedro Chequer, e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Marie Pierre Poirier, estavam entre eles.
Do alto de um carro de som, o gerente da área de Direitos Humanos, Risco e Vulnerabilidade do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Gil Casimiro, afirmou que “a luta contra a homofobia tem ligação direta com o acesso ao sistema de saúde, pois valoriza a auto estima das pessoas”.
A estudante Geisy Arruda, que sofreu discriminação e foi expulsa da UNIBAN (Universidade Bandeirante de São Paulo) em 2009, também esteve presente.
Os manifestantes passaram ainda pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para agradecer a recente aprovação da união civil estável entre pessoas do mesmo sexo.
Liandro Lindner, de Brasília
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