Divulgado sede dos Jogos Nacionais da Diversidade LGBT 2012
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Jogos Nacionais da Diversidade LGBT - JODS 2012 |
Campo Grande, a capital de Mato Grosso do Sul, foi escolhida pelo Comitê
Desportivo GLS Brasileiro (CDG Brasil) para sediar a primeira edição dos
Jogos Nacionais da Diversidade LGBT
(JODS 2012), que acontecerá entre os dias 18 e 22 de setembro de 2012. Será o
maior evento desportivo brasileiro voltado para homossexualidade, inspirado nos
GayGames, EuroGames e OutGames.
Segundo Érico dos Santos, presidente do CDG Brasil, “a decisão do CDG Brasil
em conferir à Campo Grande sediar o evento foi devido ao sucesso do torneiro
regional de voleibol realizado com eficiência em abril deste ano”.
Mas outros critérios importantes foram levados em conta como a infraestrutura
física disponível, localização geográfica para facilitar transportes dos
atletas, além de apoio político, com o comprometimento dos governos estadual e
municipal na realização do evento.
A organização prevê a participação de cerca de 1,3 mil atletas de todos os
estados brasileiros, independente da sua orientação
sexual. “O esporte abre portas para a quebra do preconceito. O objetivo
dos Jogos Nacionais da Diversidade LGBT, será de chamar a atenção para
homossexuais, homens ou mulheres que querem mostrar, por meio do esporte, serem
merecedores de respeito e que todos podem viver em harmonia”, disse Érico.
As modalidades esportivas disputadas serão o atletismo, handebol, futebol,
voleibol, natação e voleibol de areia. Interessados poderão obter informações
através do hotsite criado
especialmente para o evento.
Três morreram em Londres após pararem com tratamento contra Aids pois
acreditaram que “Deus poderia curá-los”
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Líder da SCOAN diz no site que já curou uma mulher do HIV |
De acordo com a BBC de Londres, algumas igrejas evangélicas estão
incentivando os pacientes soropositivos a pararem de tomar os coquetéis
antivirais porque “Deus pode curá-los.”
Duas mulheres ouvidas pela reportagem disseram que sabiam de amigas que foram
incentivadas a orar em vez de tomar a medicação. Ambas as pacientes morreram
depois.
Em outro caso, o diretor de um importante centro de pesquisa do HIV no leste
de Londres disse que tinha tratado de uma mulher que morreu depois de ser
aconselhado por um pastor para parar com sua medicação.
Professor Jane Anderson, diretor do Centro para o Estudo da Saúde Sexual e
HIV, em Hackney, acrescentou: “Nós estamos vendo pacientes que estão acreditando
que se rezarem o suficiente, seu HIV será de alguma forma curada.”
O pastor líder da “Synagogue Church Of All Nations (SCOAN)”, Profeta [sic] TB
Joshua, diz ter “curado” pelo menos uma mulher soropositiva, afirma no seu
site.
“Nós não somos os curadores. Deus é o curador. Nunca Deus não poderá curar
uma doença. Nós não pedimos para as pessoas pararem de tomarem suas medicações.
Os médicos tratam, Deus cura.”
Adolescente canadense suicida por não suportar bullying homofóbico
“Lembrem de mim como um unicórnio :3 x) Talvez na minha próxima
vida serei um esquilo voador E
voarei para bem longe.”
Essas são as últimas palavras escritas pelo adolescente Jamie Hubley, de 15
anos, no seu blog. No dia seguinte, dia 15/10, ele foi encontrado morto.
O adolescente de Ottawa, Canadá, era assumido para seus amigos e familiares,
mas estava passando por crises de depressão.
“Bem, realmente estou cansado da vida. É tão difícil, me desculpe. Eu não
aguento mais.”, escreveu Jamie no seu blog.
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Jamie deixou sua mensagem de despedida no seu blog |
Ele lembrou da campanha “It Gets Better”, que ajuda adolescentes gays a
superarem o bullying.”Eu não quero esperar mais três anos [chegar aos 18 anos de
idade], isso dói demais. Vocês acham que tudo vai ficar melhor? Não vai”,
desabafou.
Jamie contou que ser gay na escola é muito mais difícil do que parece em
Glee, e acrescentou “Eu odeio ser o único cara gay assumido na minha escola. É
uma porcaria, realmente quero terminar.”
O pai de Jamie, que é vereador em Kanata South, disse que seu filho tinha
sofrido bullying homofóbico na escola e nas redes sociais depois que ele colou
pôsteres para promover um clube gay.
Semelhante ao caso de Jamey
Rodemeyer, Jamie era fã de Lady Gaga, Adele e Katy Perry, e subiu vários
vídeos no YouTube cantando as sua músicas dos seus ídolos.
“Para as pessoas que não gostavam de mim (muitos), um grade foda-se! Vou
montar num unicórnio”.
Vários comentários foram postados na mensagem de despidida de Jamie, entre
eles alguns ataques homofóbicos, que não respeitam nem a dor de um jovem
desesperado.
Jamie só queria ter um namorado e ser feliz. Segundo uma amiga íntima “eu só
lembro dele querendo um namorado. Ele sempre me pedia para encontrar um menino
para ele. Acho que ele queria alguém para amá-lo do jeito que ele era”.
O título do seu último texto era “Eu, uma vítima do
amor”.
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A representante da Secr. de Segurança Pública da Bahia, Delegada Isabel Alice de Jesus, participa de reunião com secretários de Segurança Pública para debaterem o enfrentamento à violência homofóbica. |
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e o
Ministério da Justiça (MJ) deram início nesta segunda-feira (17) na elaboração
de um protocolo de intenções que deverá ser pactuado com as secretárias
estaduais de segurança pública de todo o País. O protocolo, que deverá ser
assinado em dezembro, durante a Conferência Nacional LGBT
(Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais), tem como objetivo a construção de
políticas públicas de segurança e o enfrentamento à violência contra
homossexuais no país.
A minuta do protocolo, que será encaminhada aos secretários de segurança
pública de todos os estados brasileiros, foi discutida durante reunião entre a
SDH, MJ e secretários de segurança pública de diversos estados para debater o
tema.
Durante a reunião, a secretária nacional de promoção dos Direitos Humanos da
SDH, Nadine Borges, apresentou dados do Disque Direitos Humanos (Disque 100),
que mostram um grande volume de denúncias de violações de direitos da comunidade
LGBT. A expectativa, afirmou Nadine, é de que o protocolo de intenções estimule
a cultura de combate à discriminação por orientação
sexual no País.
O módulo LGBT do Disque 100 foi inaugurado em janeiro deste ano. Até o dia 30
de setembro, a central recebeu 856 denúncias de violação de direitos da
população LGBT. “Com estes dados, esperamos construir um conjunto de políticas
públicas de enfrentamento à violência contra homossexuais”, explicou Nadine.
“O nosso desafio é fazer com que os profissionais de segurança pública não
sejam apenas defensores de direitos da população LGBT, mas que sejam também
garantidores dos seus direitos”, afirmou o coordenador do Conselho Nacional LGBT
da SDH, Igo Martini.
Segundo o coordenador-geral de Promoção dos Direitos LGBT da SDH, Gustavo
Bernardes, há uma intenção perceptível das secretarias de segurança pública,
assim como da SDH e do MJ, de construírem ações de enfrentamento à homofobia e
qualificação dos profissionais de segurança pública que atendem as demandas do
segmento LGBT.
O serviço Disque Direitos Humanos (Disque 100)
recebeu 856 denúncias de casos de homofobia no Brasil entre janeiro e setembro
deste ano. O estado de São Paulo lidera o ranking com 134 telefonemas sobre
homofobia, seguido pela Bahia e por Minas Gerais, ambos com 71, e pelo Piauí,
com 61.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17), pela ministra Maria do
Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, durante reunião com
secretários estaduais de segurança pública para discutir o enfrentamento à
violência homofóbica no país.
Para a ministra Maria do Rosário, o número é expressivo, já que a opção que
trata especificamente de denúncias de homofobia foi implantada há menos de um
ano. Durante reunião com representantes de secretarias de segurança pública, ela
disse que o governo quer definir, junto com os estados, um termo de cooperação
para o enfrentamento à homofobia.
“A intenção da SDH e do Ministério da Justiça é que todas as secretarias
tenham um trabalho concreto de defesa e de atendimento adequado dos homossexuais
nas delegacias e em todas as estruturas policiais”, explicou. “Consideramos que
quem não atende bem uma pessoa por ela ser homossexual também está praticando um
ato indevido”, completou.
De acordo com a ministra, a estratégia da pasta é assinar, com os
representantes das secretarias, um protocolo de ações conjuntas no combate à
homofobia para que isso seja discutido nas conferências preparatórias estaduais.
Maria do Rosário lembrou que, entre os dias 15 e 18 de dezembro, será realizada
em Brasília a 2ª Conferência Nacional Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (LGBT).
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Margarette Barreto, delegada titular do Decradi |
A delegada titular de Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância de São
Paulo, Margarette Barreto, ressaltou que o país parece viver uma explosão de
crimes homofóbicos, mas que, na realidade, o cenário passou de uma
subnotificação dos casos para o recebimento efetivo de denúncias. Segundo ela, o
governo federal deve auxiliar os estados em ações de inteligência, como o
mapeamento por meio de câmeras dos locais onde há maior concentração desse tipo
de ocorrência.
“A gente precisa fomentar essa discussão para que haja a desconstrução do
preconceito. A gente trabalha com a repressão, mas a maior ferramenta de
prevenção de crimes homofóbicos é a educação”, disse.
A representante da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, Isabel Alice de
Jesus, disse que um dos agravantes do cenário de crimes homofóbicos no estado é
o grande fluxo de turistas. Por essa razão, a Bahia publicou um manual de
orientação para homossexuais que visitam o estado. “Entendemos que cada um tem o
direito de ir e vir e de viver a sua sexualidade. A gente não pode ignorar que a
vulnerabilidade tem sido uma das causas que pontuam a Bahia nessa questão”,
destacou.
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