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| Zachary Quinto assume sua homossexualidade para uma entrevista para o NY Magazine |
O ator Zachary Quinto, de 34 anos, que interpretou a personagem Sylar no
seriado “Heroes” e como Spock, na versão para o cinema de “Star Trek”, assumiu
sua homossexualidade em uma entrevista para a revista “New York Magazine”.
Quinto estava comentando sobre os oito meses da sua participação na peça
teatral “Angels in America”, que está em temporada na Broadway. Para ele foi “a
coisa mais desafiadora e o mais gratificante que eu já fiz como ator (…) e, ao
mesmo tempo, como homem gay, me fez sentir como ainda há muito trabalho a ser
feito, e ainda há tantas coisas que precisam ser olhadas e tratadas”
Quando conversando com o jornalista Benjamin Wallace sobre a bipolaridade de
ter em Nova York o
casamento igualitário legalizado e ao mesmo tempo acontecer casos como do
adolescente gay Jamey
Rodemeyer que suicidou-se por culpa do bullying homofóbico, Quinto comentou
que “e, novamente, como homem gay, eu olho para isso e digo que há desesperança
cercando isso, mas olhando como um ser humano,eu olho e pergunto o por quê? Por
que existe esta desigualdade e por que nós como sociedade não examinamos isso
mais profundidade. Estamos com medo de enfrentarmos nós mesmos.”
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| Zachary Quinto contracenando com Christian Borle em "Angels in America" |
Quinto, que interpreta a personagem gay Louis Ironson, um homem que abandona
seu namorado quando descobre que ele foi contaminado com o vírus do HIV, já fez
outros trabalhos interpretando personagens homossexuais. Antes desta entrevista
para o NY Magazine, Quinto se recusou a comentar os rumores sobre sua orientação
sexual, apesar de ele ser um defensor dos direitos homossexuais e
ativista anti- bullying.
Mas neste domingo, 16/10, Quinto escreveu num post no seu site oficial que
explica que foi por causa da morte de James Rodemeyer que o fez ter a coragem
para assumir publicamente sua homossexualidade.
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| Quinto assume sua homossexualidade por causa da morte de Jamey Rodemeyer (Foto: Paola Kudacki) |
“Quando eu descobrir que Jamey Rodemeyer se matou, eu me senti profundamente
conturbado. Quando descobri que ele tinha feito alguns meses antes um vídeo para
o ‘It Gets Better’ antes de tirar a sua vida, eu senti um desespero
indescritível. Eu também fiz um vídeo para o ‘It Gets Better’ no ano passado,
quando uma leva de suicídios de adolescentes gays estavam ocorrendo no país. Mas
à luz da morte de Jamey, tornou-se claro para mim que neste instante viver uma
vida gay sem assumir publicamente não é o suficiente para fazer qualquer
contribuição significativa para o imenso trabalho que temos pela frente no
caminho da igualidade completa.
Nossa sociedade precisa reconhecer o impulso irrefreável em direção da
igualdade civil inequívoca para cada cidadão gay, bissexual, lésbica e
transgêneros deste país. Precisamos parar com as mortes de crianças gays, que se
sentem inúteis diante do bullying cruel e implacável. Os pais precisam ensinar
seus filhos princípios de respeito e aceitação.
Estamos testemunhando uma enorme mudança da consciência coletiva em todo o
mundo. Estamos no precipício de uma grande transformação na nossa cultura e do
governo. Eu acredito no poder de tentar mudar a paisagem da nossa sociedade. E é
a minha intenção de viver em uma vida autêntica de compaixão e integridade.
Jamey Rodemeyer mudou a minha vida e ao mesmo tempo sua morte só me fez desejar
que eu tivesse feito isto antes. Eu sou eternamente grato a ele por ser o
catalisador desta mudança dentro de mim. Agora eu só posso esperar para servir
como catalisador para outras pessoas neste mundo, e, eu acredito, é tudo que
podemos fazer de nós mesmos e para cada um das outras pessoas.”
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