Sem a presença de um patógeno a tendência é que o organismo hospedeiro se reproduza assexuadamente. Isso porque quando ameaçado por um patógeno em constante evolução o ser hospedeiro necessita de parceiros sexuais para também evoluir.
Na tentativa de explicar o motivo pelo qual os animais escolheram a reprodução sexuada ao invés da assexuadaos cientistas sugeriram a “Hipótese da Rainha Vermelha”que diz que quando um predador se desenvolvea sua presa tem que evoluir conjuntamente para se manter viva. Se parar de buscar a evoluçãoela morre.
A reprodução sexual permite que um organismo misture e combine seus genes com outro facilitando a evolução e aumentando as defesas contra invasores. Estudos de campo mostraram queem estado selvagem caracóis que se reproduzem tanto assexuadamente como sexualmente escolhem a via sexual com mais frequência quando há muitos parasitas no ambiente.
Como a pesquisa ocorreu fora do laboratório é difícil ter a certeza que outros fatores não influenciaram o resultado. Por isso pesquisadores fizeram o teste da “Rainha Vermelha” para descobrir se a ideia da coevolução gerar a reprodução sexuada diretamente é verdadeira.
Uma população de lombrigas foi modificada de modo que algumas se reproduziam assexuadamente e outras podiam usar apenas o sexo para se reproduzir. Um terceiro grupo – no qual cerca de 20% a 30% se reproduz sexualmente – foi deixado na forma selvagem.
As lombrigas que se reproduzem sexualmente sobreviveram tanto em contato com bactérias sexuadas quanto assexuadas. As lombrigas assexuadas sobreviveram em contato com bactérias que não podiam evoluir. Quando elas encontraram bactérias que se reproduzem sexualmente entretanto houve um massacre de lombrigas.
Não precisa torcer para que parasitas continuem infestando humanos: mesmo que todos os patógenos perigosos desaparecessem o ser humano continuaria se reproduzindo através do sexo. Mas o estudo sugere que muito muito tempo atrás foram os parasitas bactérias e vírus que levaram nossos antepassados a se acasalarem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário