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Missa GLS no Soho londrino
A paróquia de Saint Gregory, bem no meio do West End londrino, não está no roteiro da visita do Papa Bento XVI ao Reino Unido. É provável até que o Pontífice decida ignorar sua existência, pois a pequena congregação católica localizada na região de Soho celebra-se uma missa gay semanal.
Ou melhor: uma missa voltada para a grande comunidade GLS da área. E nada escondido do Vaticano, ainda que a permissão da Santa Sé tenha vindo cheia de condições, como a garantia de que a celebração não se transforme em plataforma para questionamento da doutrina católica, pouquíssimo tolerante com o homossexualismo.
Mas o desejo do padre da Saint Gregory, Seamus O'Boyle era o de simplesmente fornecer abrigo espiritual para eventuais interessados. A missa, a única do gênero no Reino Unido, é concorrida. E a iniciativa poderá se expandir para outras paróquias britânicas depois de o líder da Igreja Católica Britânica, o Arcebispo Vincent Nichols, decretar que a decisão está a cargo das autoridades episcopais locais.
Nem todos os fiéis concordam, claro. Há um piquete mensal na Saint Gregory em que fiéis tradicionalistas rezam ajoelhados do lado de fora e pedem que a diocese de Wesminster acabe com a missa gay. Nichols, porém, não dá ouvidos à turma, e numa recente entrevista à Rádio 4 da BBC, foi incisivo.
''Trata-se de uma oportunidade para as pessoas que sentem vivendo sob grande pressão por causa de sua identidade, mas que se sentem católicos acima de tudo. Quem quiser tecer opiniões sobre aqueles que vêm comungar deve morder a língua'', afirmou o arcebispo.
Fico imaginando se a autorização para a realização da missa algum dia passou pela mesa de Bento XVI.
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