O programa "Globo Esporte" discutiu na tarde desta quarta-feira (6) o preconceito sofrido pelo jogador Michael dos Santos, do Vôlei Futuro, durante um jogo contra o Sade Cruzeiro, no último fim-de-semana.
Antes de conversar com o jogador, o apresentador Tiago Leifert se referiu à homofobia como algo "nojeto, primata". "A gente tem que discutir também qual é o limite da torcida. Então, talvez o limite seja pessoal, seja o do Michael, e o limite dele foi ultrapassado", comentou Leifert.
A repórter Patrícia Mendonça destacou que o jogador do time de Araçatuba (SP) tem o apoio dos moradores da cidade, que estão se mobilizando contra o preconceito. "Nunca tinha passado por isso. Mas uma comoção tão grande dessa maneira nunca tinha sentido. Me senti bastante constrangido e indignado por essa situação toda", disse Michael, que acrescentou: "Queria ser avaliado como jogador e não pela minha opção sexual."
A entrevista completa de Michael ao "Globo Esporte" você assiste aqui. Nota de repúdio
O Comitê Desportivo GLS Brasileiro (CDG Brasil) enviou nota à imprensa repudiando o preconceito sofrido por Michael dos Santos.
"O fato de o Michael assumir ser homossexual, não irá alterar em nada o seu desempenho nas quadras. Por ele ser homossexual não vai fazer mais ou menos homem, pois ele é não é diferente de nenhuma pessoa do sexo masculino", escreve na nota o presidente do CDG Brasil, Érico dos Santos.
Confira abaixo a nota na íntegra.
NOTA OFICIAL DO COMITÊ DESPORTIVO GLS BRASILEIRO SOBRE O PRECONCEITO SOFRIDO PELO JOGADOR DE VÔLEI MICHAEL DOS SANTOS
05/04/2011 - O Comitê Desportivo GLS Brasileiro, CDG Brasil, entidade sem fins lucrativos, que tem o objetivo desenvolver atividades de caráter desportivo, recreativo, artístico e cultural em favor da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) e seus simpatizantes, e na promoção e defesa dos direitos da população LGBT no âmbito nacional, vem manifestar o apoio ao jogador Michael dos Santos, meio de rede, do time "Vôlei Futuro" por assumir que sua homossexualidade.
Sabemos que a homossexualidade, ainda é um tabu no meio esportivo. Em outros círculos, o assunto é abordado de forma mais aberta do que no esporte. "O fato de o Michael assumir ser homossexual, não irá alterar em nada o seu desempenho nas quadras. Por ele ser homossexual não vai fazer mais ou menos homem, pois ele é não é diferente de nenhuma pessoa do sexo masculino", analisa Érico dos Santos, presidente do CDG Brasil.
Repudiamos todas e quaisquer ações homofóbicas, e aguardamos uma resposta das autoridades competentes.
Nos colocamos à disposição.
Respeitosamente,
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