Conexão Repórter e a “Propagação do ódio” contra homossexuais...

Conexão Repórter e a “Propagação do ódio” contra homossexuais... Cabrini conversa com um grupo de Carecas sobre seu ódio contra homossexuais (SBT / Captura de tela) O SBT exibiu na quarta-feira passada, 13/04, o programa Conexão Repórter, com o repórter Roberto Cabrini, a reportagem “A propagação do ódio”, que focou na crescente violência homofóbica no Brasil. Cabrini entrevistou um grupo de Carecas em Santo André, com as suas roupas ao estilo militar, cortunos, exibindo símbolos fascistas e máscarados, óbvio. Suas falas não foram diferentes do que se conhece destes tipos de gupos. Engraçado é que eles não se consideram homofóbicos mas só querem ter o direito de expressar seu ódio contra homossexuais. E justificam com os velhos jargões precoceituosos e com uma imagem totalmente distorcida sobre os gays. E na falta de melhores justificativas, usam as utilizadas por religiosos, que “homossexualimo” é pecado, que homossexual é a destruição da família. Seus lema “Matar ou morrer”. O Pai quiz matar o namorado do filho. O vídeo foi apresentado para o jornalista Leão Lobo que ficou indignado com as declarações homofóbicas. Quem não ficaria? A cenas com dois atores simulando um casal gay em local de grande circulação popular é um termômetro que não é necessário seguir uma ideologia fascista ou ser devoto de alguma religião. O brasileiro é homofóbico e hipócrita, pois os atores foram alvos de piadinhas irônicas, de sacarmo e até de ameaças. A reportagem tem alguns erros como uso de “homossexualismo” e uso do artigo masculino quando se trata das travestis. Também há erro na checagem de informações como no início da reportagem quando falou do rapaz que foi espancado até a morte depois da Parada Gay de 2009 próximo da Praça da República e a edição usou uma cena de agressão ocorrido durante a mesma Parada na Avenida Paulista. Outra crítica é forma tratada aos homossexuais. Gays só imagens da Parada Gay, na Vieira de Carvalho ou Augusta. E travestis somente aquelas que trabalham na noite. O universo LGBT é muito maior do que gays dando a pinta, drags queens ou travestis fazendo o ponto. Mas apesar dos problemas com a reportagem de produção sensionalista, aliás a marca do repórter, foi emocionante o final do programa com depoimentos de amor e aceitação da família do bailarino Victor, um exemplo que muitas famílias deveriam seguir para aceitar a homossexulidade dentro delas. Passando a régua, a reportagem não conseguiu chegar ao fundo das razões da crescente violência contra homossexuais, mas serve como uma visão superficial da homofobia brasileira que é muito mais do que foi exposta na edição do programa. Nota da Redação: Em 1993 a Organização Mundial de Saúde(OMS) retirou o termo“homossexualismo” (idéia de doença) e adota o termo “homossexualidade”. Vemos que o termo “homossexualismo” ainda é muito utilizado, ou por ignorância mesmo ou por grupos religiosos e outros grupos discriminatórios que querem dar o entender que todo homossexual é um doente, e que não se nasce homossexual, pois seria uma ‘opção sexual’ [sic].