O Blog da Comunidade Gay Brasileira...

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Com notícias do universo LGBT - Lésbica, Gay, Bissexual, Travesti e Transgênero... E Variedades em todas as áreas do conhecimento... Ah! Simpatizantes também são bem vindos à causa...

Bom dia a todos os militantes pelos direitos humanos e principalmente militantes contra a "Homolesbotransfobia", os que militam no mundo real e os que militam no mundo virtual já que os dois mundos se complementam.
Já acordei e Super disposto pra luta então quem estava de plantão pode ir dormir que eu já estou BEM ACORDADO por nós todos.
Que a força na qual vocês acreditam lhes ilumine e proteja no sono sagrado dos guerreiros e guerreiras da justiça, amor, paz e igualdade e esteja convosco no despertar.
Com vocês sou forte para mudar o mundo, sem vocês sou apenas um eco no vazio batendo na montanha e voltando.

Luta pela igualdade social... Direito de todos.
Lute duramente pelos seus direitos
apenas não se entregue!
Lute duramente pela sua vida
vá! Você deve chegar lá...

luta, luta, então mais luta
apenas, apenas nunca, nunca desista!
Através da mente...
voando...
cultivando sabedoria e serenidade
para perceber o quão pequeno nós somos
na frente desse grande poder
nem orgulho, nem ego pode prevalecer
Agora...
ninguém pode viver a minha vida
o que importa é o que eu faço
define quem eu sou!
Oh, agora eu tenho que me sentir vivo
seja lá o que os meus medos possam dizer
se eu desistir não será eu! A igualdade sempre!

* * * BLOG BABY NIGHT FOREVER 2013 * * *

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Ser Diferente é Normal... Preconceito é opinião sem conhecimento... "O preconceito é o filho da ignorância"(Willian Hazlitt)... "Nunca é tarde para abrirmos mão de nossos preconceitos"(Voltaire)... "Época triste é a nossa em que que mais difícil quebrar um preconceito do que um átomo"(Einstein)... Lady Gaga canta que "God makes no mistakes/ I was born this way"(Deus não comete erros/eu nasci desse jeito)...Qualquer forma de preconceito, mesmo contra as bichinhas pão com ovo, ainda é preconceito. Viva e deixe viver. É isto ai!...

"Eu não me importo se você é negro, branco, hétero, bissexual, gay, ateu, cristão, rico ou pobre. Se você for gentil comigo, eu serei gentil com você."

Para quem não conhece esse é o:

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domingo, 28 de outubro de 2012

Começou-se a evacuação da tribo Kayapó - um povo indígena da região amazônica de Mato Grosso-...



ESTA IMAGEM TEM QUE RODAR O MUNDO

Começou-se a evacuação da tribo Kayapó - um povo indígena da região amazônica de Mato Grosso-... A construção dos lançamentos de hidrelétrica de Belo Monte, apesar dos inúmeros protestos e mais de 600.000 assinaturas coletadas. Portanto, a pena de morte já foi dado ao povo da grande curva do Rio Xingu. Belo Monte, um total de 400.000 hectares de floresta inundado, uma área que é maior que o canal do Panamá. 40.000 pessoas das comunidades indígenas e locais, o habitat de muitas espécies vegetais e animais serão destruídos.
Tudo em ordem para a produção de eletricidade mais fácil, mais eficiente e econômica, produzido principalmente por investidores. Eu sei que isso não acontece para o nosso país.... Alguns dirão: o que nós nos preocupamos com o Brasil? Como se não temos nossos próprios problemas... mas eu não sou desta opinião! Inerente a esta imagem de desespero que cara... me fez pensar...: "a história da tribo kayapó deve ir para o mundo e talvez causar uma reavaliação. "Longe da sociedade capitalista cruel engajavel, irresponsável..."

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O fanatismo de pastores homofóbicos no mundo...

  
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FUNDAMENTALISTA E HOMOFÓBICO’

POSTADO EM 9 DE OUTUBRO DE 2012

Em um novo vídeo divulgado pelo deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), um ativista gay promete pegar em armas se for preciso para defender sua ideologia. Feliciano já havia publicado o texto “Ativismo gay só serve para promover violência. Acorda Brasil!” em seu blog. Na ocasião, o parlamentar havia prometido divulgar as imagens mostrando um ativista gay em um seminário promovido pelo deputado federal, Jean Wyllys (PSOL-RJ), fazendo ameaças aos evangélicos. No vídeo divulgado nesta madrugada, um ativista do Movimento LGBT, Marcio Retamero, intitulado pastor, chama de “desgraçados” e de “fundamentalistas religiosos” os políticos que defendem a família e a fé cristã. Marco Feliciano já havia divulgado vídeo em que Marcio Retamero dá a entender que as palavras contidas na Bíblia Sagrada são mentirosas. Neste mesmo vídeo, Jean Wyllys concede um minuto para que Marco Feliciano fale, mas o parlamentar evangélico é impedido de se pronunciar por ativistas que assistiam ao seminário. Wyllys ainda tenta pedir ordem, porém sem sucesso.
“O termo homofobia (criado por eles) significa ÓDIO E VIOLÊNCIA contra homossexuais. Quando digo qualquer coisa que não seja o que eles querem ouvir, esmagam minha imagem na internet e me expõe como louco, desequilibrado, fanático, intolerante, fundamentalista e homofóbico, ou seja, alguém que está odiando e incitando violência contra gays, mas na verdade é bem o contrário”, disse o pastor ao Gospel Prime.
Feliciano tem alertado sobre os planos do movimento LGBT e em outro texto publicado no seu blog afirma que o Ministério daEducação (MEC) e o Conselho Federal de Psicologia (CFP) podem estar planejando lançar um novo “kit gay”. O deputado também acusa o CFP de estar fazendo apologia ao homossexualismo e promovendo ações para implantar um novo material sobre sexualidade nas escolas.
Fonte: Gospel Prime
Veja o  Vídeo :



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A Bíblia é Homofóbica? (Um anti-contra-argumento)



By Paulo Stekel*


Este artigo, a despeito de seu subtítulo, pretende ser um complemento e uma contribuição ao debate mais do que algum tipo de contestação aos dois artigos anteriores publicados neste blogue com o mesmo título (os quais recomendamos que se leia antes deste):
Um argumento pretende defender uma ideia lançando mão de algumas premissas iniciais. No caso em questão, consideramos como argumento a ideia de que a Bíblia é homofóbica.
Um contra-argumento ou retribuição é uma objeção a uma objeção, podendo ser usado para rebater uma objeção a uma premissa. Ele pode pretender lançar dúvida sobre a veracidade de uma ou mais premissas iniciais de um argumento, ou mostrar que os argumentos iniciais não se seguem a suas premissas de maneira válida, ou pode dar pouca atenção às premissas e simplesmente tentar demonstrar a verdade de uma conclusão incompatível com o que é estipulado no argumento inicial. No caso em questão, o contra-argumento é a ideia de que apenas partes da Bíblia são homofóbicas, enquanto outras parecem enaltecer a homo-afetividade (casos Davi-Jônatas, Rute-Noemi).
Com o que chamamos de anti-contra-argumento pretendemos lançar uma terceira ideia: a de que a Bíblia não é um texto coeso, de que entre o Antigo e o Novo Testamento há muitas contradições, de modo que querer defini-la no seu todo como sendo homofóbica ou não-homofóbica é esquecer que a homofobia depende mais da interpretação que se a dá HOJE.
Se se lhe dá uma interpretação literalista, conectada de modo radical a um momento histórico (o levítico-deuteronomista, por exemplo) e sem qualquer recontextualização para com o nosso tempo atual, isso pode ser entendido como uma interpretação homofóbica.
Por outro lado, se se lhe dá uma interpretação contextualizadora e moderna, que considera as mudanças históricas dentro do próprio texto bíblico (as mudanças de costumes e aplicação de leis entre o Antigo e o Novo Testamento, por exemplo) e as adaptações do homem ao longo do tempo, bem como os novos conceitos biológicos, sociais e tecnológicos, isso pode ser entendido como uma interpretação não-homofóbica e naturalmente inclusiva.
João Marinho no texto que abriu este debate deixou claro que mesmo após o surgimento da Teologia Inclusiva a homofobia dentro do texto bíblico não pode ser maquiada: “Mesmo com a teologia inclusiva e supostas passagens pró-homossexualidade, não devemos maquiar a homofobia e demais preconceitos de certos textos bíblicos. (…) Na verdade, a questão do embate entre as diferentes formas de teologia inclusiva e as vertentes mais conservadoras, para mim, é mais profunda do que escolher um lado ou outro.”
Com certeza. E, ao termos dividido acima a interpretação bíblica entre a literalista e a contextualizadora, não estamos falando, no caso da segunda, em Teologia Inclusiva. Estamos falando em uma interpretação naturalmente inclusiva. Qual a diferença? No caso da Teologia Inclusiva, frequentemente, sua consequência é a criação de “igrejas” alcunhadas de “inclusivas” que nem sequer são aceitas pela maioria dos grupos cristãos como sendo igrejas cristãs. Já, uma interpretação naturalmente inclusiva deveria estar disponível em todos os grupos cristãos, o que seria muito mais producente para a inclusão da pessoa LGBT que escolheu para sua vida religiosa o Cristianismo.
Provavelmente o surgimento das Igrejas Inclusivas tenha se dado pela resistência dos grupos cristãos existentes até então em se permitirem a uma interpretação contextualizadora como descrita acima. Para alguns, incluindo muitos gays cristãos, tais Igrejas Inclusivas são uma aberração dentro do Cristianismo, já que este deveria acolher a todos sem distinção, sem preconceito e sem demonização. Para outros, elas são algo legitimamente cristão, embora o texto de que se valem apresente dificuldades exegéticas consideráveis no caso do tema homossexualidade e homo-afetividade. Em nosso anti-contra-argumento dizemos que tais Igrejas são um mal necessário enquanto a inclusão do indivíduo LGBT precisa ser algo “negociável” com relação à maioria cristã.
Walter Silva, no segundo artigo desta polêmica, escreveu algo aparentemente óbvio, mas que não custa relembrar, dada a sua gravidade: “(…) questionar se a bíblia é homofóbica pode parecer mesmo uma grande ingenuidade, quando não uma pilhéria grotesca.”
É o que parece. E, muitos comentários recebidos pelos dois artigos até aqui evidenciam exatamente esta certeza: a de que a Bíblia é homofóbica.
Mas, João Marinho, ao citar Davi e Jônatas, já havia argumentado: “Agora, porém, assumamos que realmente tenha havido um relacionamento gay entre Davi e Jônatas, que a história contada seja essa – uma homofilia bíblica, em vez de seu oposto, a homofobia. Isso descartaria a existência da mesma homofobia na Bíblia?
Não é porque os livros de Samuel, Reis e Crônicas exaltam o relacionamento entre Davi e Jônatas e ambos trocaram declarações carinhosas que o Levítico e suas injunções a certas práticas homoeróticas deixam de existir.”
Realmente, não. Contudo, há uma polarização moderna evidente quando os teólogos inclusivos tendem a argumentar (conforme o artigo de João Marinho) que “a Bíblia não é, ou talvez não seja, toda homofóbica classicamente falando, como os cristãos conservadores tanto gostam de retratá-la” e os teólogos conservadores dizem que “a Bíblia não é nada homofóbica”.
Para João Marinho “o que é producente, portanto, é tomar a Bíblia pelo que ela é: um livro histórico-religioso, com um sem-número de contradições, inclusive com relação à homossexualidade”. Isso nos leva ao terceiro argumento: a Bíblia está desconectada de nossa realidade moderna exatamente por ser um livro histórico-religioso escrito ao longo de milhares de anos. Isso explica as inúmeras contradições que apresenta no tocante a vários assuntos.
Um dos argumentos mais usados pelos defensores de Levítico para atacar os homossexuais é o de que, segundo estes, não apenas o Antigo Testamento condena os atos homossexuais, mas também o Novo Testamento. As demais leis judaicas de Levítico e Deuteronômio que não aparecem no Novo Testamento teriam sido “abrandadas” pelo Cristianismo, como as proibições alimentares, por exemplo. Mas, como Coríntios ataca os gays, nada feito. Será? A posição inferior da mulher diante do marido, seu status de propriedade do homem, de que deve calar-se, etc, aparece em ambos os Testamentos da mesma forma que as críticas aos eunucos, efeminados e sodomitas. Contudo, qual cristão hoje imagina dizer para sua mulher manter-se calada numa conversa porque Deus assim manda na Bíblia? A misoginia foi “abrandada”, mas a homofobia não? Conveniências? Talvez. Mas, que muitos cristãos machistas gostariam de poder calar suas mulheres em público sob a autoridade bíblica, ah, isso sim!
O que fazer então? Continuar cristão gay em meio a homofóbicos, aderir a Igrejas Inclusivas ou deixar de ser cristão? João Marinho: “(...) não posso esperar que todos se tornem ateus apenas por serem LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), quando eu mesmo, por sinal, não sou.”
Não há necessidade de gays cristãos deixarem de ser cristãos. Por que? Porque todo e qualquer trecho bíblico sobre homossexualidade está sujeito a interpretações diversas. E, isso tem um motivo simples, mas crucial: na época bíblica ninguém tinha consciência de orientação sexual, de que uma delas é a homossexual, de que isso é natural e de que não pode ser mudada. Se tivessem tal consciência, as orientações LGBT estariam na conta do que foi criado por Deus e não estariam sujeitas às leis mosaicas e deuteronomistas, que são mais tentativas de regrar a vida privada dos israelitas e judeus que preceitos divinos universais. Em suma, não são pecado, mas interdições, a maioria delas, inclusive, dirigidas aos heterossexuais. E, interdições, não levam ao Inferno. Apenas o pecado não remido pelo arrependimento leva ao Inferno, segundo as crenças cristãs.
Como bem pontuou Walter Silva, na época bíblica nem sequer havia a consciência de existirem heterossexuais e homossexuais. Só se tratava do sexo como entre macho e fêmea. Não havia a diferenciação entre sexo biológico, gênero, identidade e orientação sexual. Para os antigos semitas tudo se resumia no macho-fêmea, e pretendiam que era assim também no reino animal. A Ciência moderna colapsou tal ideia ao descobrir animais andróginos, hermafroditas, e espécies que podem até mudar de sexo sob certas circunstâncias. Com que animais estas espécies se alojaram na Arca de Noé???
O que quero deixar claro com meu anti-contra-argumento é que, antes de alcunharmos o livro inteiro chamado “Bíblia” como homofóbico, devemos declarar que a Bíblia ignora tudo o que sabemos hoje sobre a sexualidade humana. Então, a Bíblia é ignorante quanto à pessoa LGBT e, por tal contraste com nossa realidade atual, figura como homofóbica. Além disso, no momento em que fanáticos preconceituosos desvirtuam os textos e traduzem termos antigos com palavras modernas – como quando se traduz “sodomita” por “homossexual” -, a ideia “mastigada” e falaciosa lançada para a maioria é a de que a Bíblia condena os gays.
Mas, como pode um texto que sequer concebe a existência de gays condená-los? Tudo no texto bíblico é escrito numa ótica homem e mulher, macho fêmea. Ele não concebe sexo entre homens além da noção de algo não-natural que deve ser interdito; não concebe o amor entre pessoas do mesmo sexo que não seja o amor paternal-filial-fraternal pois não acredita que tal amor seja possível em sua visão normativa homem-mulher; não concebe a união/casamento entre pessoas do mesmo sexo porque não percebe uma pessoa que mantém relações com outra do mesmo sexo como alguém que possa amar esta outra pessoa e desejar viver toda a vida com ela de modo equivalente a um homem e uma mulher.
Este argumento parece simples, mas tem implicações importantes já apresentadas porWalter Silva ao citar John Richard Boswell, autor do livro “Cristianismo, tolerância social e homossexualidade’’"(…) Boswell foi celebrado ao expor uma interpretação revolucionária, argumentando que a igreja no início da sua trajetória e ao longo de uma parte do medievo, conviveu com a homossexualidade de forma pouco conflituosa, possibilitando inclusive o emergir de uma subcultura gay, expressando-se através de primorosos poemas e cartas eróticos de amor e amizade do mesmo sexo, escritos por bispos e clérigos cristãos.”
Isso demonstra o que dissemos sobre a ignorância bíblica a respeito da pessoa homossexual! Tal ignorância, na Idade Média, serviu para uma evidente tolerância da Igreja Católica para com pessoas com tendências ao amor pelo semelhante, o mesmo sexo, enquanto que a mesma ignorância hoje tem servido aos setores fundamentalistas que traduzem a seu gosto o texto bíblico para condenar os LGBTs. Se isso não fosse verdade, não teríamos várias Igrejas Cristãs protestantes que não se consideram “inclusivas” aceitando LGBTs entre seus fieis, ordenando sacerdotes gays e celebrando casamentos entre homossexuais. É o caso da Igreja Luterana nos EUA (no Brasil, infelizmente, não é bem assim), da Igreja Presbiteriana (também nos EUA), da Igreja Anglicana, da Igreja Episcopal dos Estados Unidos, de setores minoritários da Igreja Batista e Metodista, entre outras.
Walter Silva“De modo contraditório os literalistas afirmam que Deus não reconheceu a categoria dos homossexuais (então qual o sentido de dizer que Deus não condena a pessoa gay?), que Deus criou somente o “macho’’ e a “fêmea’’; indivíduos gays, portanto são machos e fêmeas que se recusam a cumprir com os desígnios de sua natureza verdadeira (heterossexual).”
A questão é mais ampla: o Deus bíblico não cita “gays”, “homossexuais” ou “LGBTs” simplesmente porque desconhece sua existência. Mas, dirão os beatos, como pode Deus desconhecer o que hoje conhecemos? E, dirão os teólogos beatos, como poderia Deus reconhecer o que não existe e é uma doença, uma aberração e uma imoralidade? E, dirão os 10% da humanidade que Deus “desconhece” ou que pensa não existirem, se Deus nos desconhece ou se cala sobre nós porque não existimos, por que seus adeptos colocam na boca do Criador uma condenação que não faz sentido, dados os argumentos? Alguns setores protestantes norte-americanos entenderam isso (anglicanos, luteranos, etc.) e deixaram de adotar posturas anti-gays. Quando os cristãos brasileiros vão acordar? Quando deixarão de ouvir o vociferante e infernal discurso de Malafaia, Magno Malta, Marco Feliciano e legião, e passarão a incluir os LGBTs em suas vidas sem ódio, sem preconceito e sem demonização?
Quando dizemos que a Bíblia é homofóbica, estamos alimentando um discurso falso de que todo o cristão e de que todos os grupos cristãos são homofóbicos e contra os direitos gays.
Quando dizemos que a Bíblia não é homofóbica, pois ama o gay mas condena o ato homossexual, estamos alimentando a hipocrisia violenta daqueles cristãos que se aproveitam deste argumento para condenar os gays ao Inferno e para tentar impedi-los de conquistar direitos básicos.
Porém, quando dizemos, equilibrando as coisas:
1 – Que a Bíblia desconhece as noções modernas de sexualidade, orientação sexual, identidade de gênero, heterossexualidade, homossexualidade e bissexualidade;
2 – Que a Bíblia condena comportamentos sob a perspectiva de que sejam efetuados por pessoas vistas dentro do padrão macho-fêmea, sem alternativa diferente;
3 – Que, mesmo a despeito de tais condenações, a Bíblia deve ser interpretada, contextualizada e tornada “viva” na modernidade, sem os arcaísmos embutidos;
Quando dizemos tudo isso, fica claro que não é a Bíblia que é homofóbica – por uma impossibilidade histórica de sê-la –, mas os que a adotam hoje para fazer uma interpretação arcaica, desconectada da vida humana, dos sentimentos humanos, da realidade interna do ser humano, trabalho este que tem sido feito pela Psicologia, mas no qual a Teologia moderna apenas engatinha.
Contudo, é certo que se a Bíblia não é homofóbica por ser antes ignorante da pessoa LGBT, também não é um livro inclusivo pelo mesmo motivo!
O Novo Testamento apresenta uma noção um pouco menos ignorante da existência de uma alternativa à visão do padrão macho-fêmea (baseado na imprecisa observação dos animais pelos antigos) e homem-mulher (baseado unicamente nos gêneros evidentes física e mentalmente) ao referir-se aos “eunucos de nascimento”, como brilhantemente esclareceu Walter Silva em seu artigo: “(…) a Bíblia repudia a afeminação não natural nos homens heterossexuais, o sexo homossexual com prostitutos sagrados e a disposição de alguns heterossexuais para a luxúria ocasional com o mesmo sexo.”
A tendência “feminina” em eunucos era conhecida e aceita, portanto. O que não era aceito – ou conhecido, já que se desconhecia também a noção de orientação sexual desconectada de tendências masculinas-femininas – era um homem não-feminino que se desse ao mesmo sexo, como se “feminino” fosse. Novamente, uma tentativa sutil de encaixar mesmo os eunucos no padrão macho-fêmea, homem-mulher. Sem contar que a mulher no ato sexual, na visão judaico-cristã, é considerada como “submetida” ao homem, e não em caráter de igualdade, como hoje em dia. Então, como se considerada o submetido como inferior, assim também eram considerados, como as mulheres, os eunucos, os homens femininos e os prostitutos sagrados. Nesta noção machista-patriarcal é inadmissível um homem não-feminino deitar-se com outro não-feminino...
Já naquela época bíblica, portanto, se percebe uma tentativa de conter o fator gay (ainda nem considerado existente como hoje) dentro de uma categoria aceitável (o eunuco de nascimento), em oposição à não aceitável (o prostituto sagrado).
Atualmente, quanto ao tema, vemos radicalismos de ambos os lados: do lado fundamentalista, uma tentativa de “eugenia social”; do lado de alguns LGBT que não gostam de religião, uma tentativa de desqualificar todo e qualquer valor da espiritualidade para a vida LGBT. Extremos nunca se entendem. Podem se tocar, mas nunca se entendem.
O que desejam os “patrulheiros da moral e dos bons costumes” de origem cristã? Estes “patrulheiros” desejam que os gays voltem aos guetos, que amem seus iguais às escondidas, sem postular direitos, casamento, adoção, benefícios iguais aos dos heterossexuais... Querem, assim, promover no Brasil uma verdadeira eugenia social dos homossexuais aos moldes da proposta nazista? Jamais o permitiremos!
Quando uso o argumento da eugenia social contra gays, muitos dizem que essa comparação é um absurdo. Mas, não é. A eugenia (termo cunhado em 1883 por Francis Galton), significa “bem nascido” e é o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente. Ou seja, melhoramento genético. Hitler se baseou nisso ao imaginar que o arianos loiros heterossexuais eram mais puros e superiores aos judeus, negros, ciganos, deficientes e homossexuais.
Aplicando isso à noção de eugenia social contra gays, ela significaria a discriminação de pessoas por categorias sexuais, por orientação sexual, levando apenas a uma relativa aceitação dos gays mais “comportados”, mais semelhantes aos padrões heterossexuais, que seriam melhor aceitos na sociedade, mas nunca completamente integrados, incluídos. Contudo, continuariam sendo considerados não-aptos para a reprodução, como se, afinal, todos os gays e lésbicas fossem estéreis!!! Segundo esta eugenia social, os melhores gays seriam os do armário, os caladinhos, os que aceitam a ofensa, a demonização e a violência, de modo a nem serem percebidos pela sociedade e não constituírem qualquer ameaça a “família cristã”. Ledo engano! Não se joga para debaixo do tapete cerca de 10% da humanidade (se não for mais!) como Hitler tentou fazer com os que ele considerava inferiores.
Para finalizar, a Bíblia deve ser lida e interpretada como um livro antigo, escrito por muitos autores ao longo de milhares de anos e que não trata de todos os assuntos que interessam à vida dos fieis com a riqueza de detalhes e nos termos modernos, como se gostaria. É um livro sagrado – como todos os demais, aliás – para ser estudado, esmiuçado, esquadrinhado, e não usado como arma contra outros seres humanos por pessoas que, em geral, não entendem o que está ali escrito.
A propósito, tenho visto pastores semi-analfabetos vomitando preconceitos como certezas teológicas enquanto ouço dúvidas profundas e pertinentes de teólogos com décadas de estudos. Para os primeiros, estes analfabetos de Deus que se consideram Seus intérpretes, deixo alguns trechos do Livro da Sabedoria, atribuído a Salomão:
“O Senhor de todos não fará exceção para ninguém, e não se deixará impor pela grandeza, porque, pequenos ou grandes, é ele que a todos criou, e de todos cuida igualmente; mas para os poderosos o julgamento será severo.
Resplandescente é a Sabedoria, e sua beleza é inalterável: os que a amam, descobrem-na facilmente.
Os que a procuram encontram-na. Ela antecipa-se aos que a desejam.
Quem, para possuí-la, levanta-se de madrugada, não terá trabalho, porque a encontrará sentada à sua porta.
Fazê-la objeto de seus pensamentos é a prudência perfeita, e quem por ela vigia, em breve não terá mais cuidado.
Ela mesma vai à procura dos que são dignos dela; ela lhes aparece nos caminhos cheia de benevolência, e vai ao encontro deles em todos os seus pensamentos, porque, verdadeiramente, desde o começo, seu desejo é instruir, e desejar instruir-se é amá-la.
Mais ágil que todo o movimento é a Sabedoria, ela atravessa e penetra tudo, graças à sua pureza.
Embora única, tudo pode; imutável em si mesma, renova todas as coisas. Ela se derrama de geração em geração nas almas santas e forma os amigos e os intérpretes de Deus, porque Deus somente ama quem vive com a sabedoria!”
(Livro da Sabedoria, VI. 7-8, 12-17; VII. 24, 27-28)
_________________________________________________________________
*Sobre o autor

Paulo Stekel é jornalista, escritor, músico, poliglota, especialista em religiões, tradições espirituais e línguas sagradas. Ativista LGBT focado na relação entre homofobia e religião, é o criador do Movimento Espiritualidade Inclusiva e possui quase uma centena de artigos sobre espiritualidade, orientação sexual, homofobia religiosa e espiritualidade inclusiva e é uma dos parceiros do blog mundo da anja. Contatos: espiritualidadeinclusiva@gmail.com

P. Silas Malafaia: Ativistas declaram guerra...

http://www.paulopes.com.br/2012/10/anonymous-declaram-guerra-a-malafaia.html
 É muito fácil abrir uma Igreja e brincar com a Fé das pessoas.  A Receita Federal  tinha que

fiscalizar.  E Governo Federal autorizar a Receita para cobrar 10% como imposto como é na

 Espanha e Itália...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Bob Fernandes/ 863 índios se suicidam... e quase ninguém viu...


Nas últimas semanas, além do futebol de sempre, dois assuntos ocuparam as manchetes: o julgamento do chamado "mensalão" e, em São Paulo, o programa de combate a homofobia, grotescamente apelidado de "Kit Gay". Quase nenhuma importância se deu a uma espécie de testamento de uma tribo indígena. Tribo com 43 mil sobreviventes.

A justiça federal decretou a expulsão de 170 índios na terra em que vivem atualmente. Isso no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul, à margem do Rio Hovy. Isso diante de silêncio quase absoluto da chamada Grande Mídia. (Eliane Brum trata do assunto no site da revista Época). Há duas semanas, numa dramática carta-testamento, os Kaiowá-Guarani informaram:
-Não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui, na margem do rio, quanto longe daqui. Concluímos que vamos morrer todos. Estamos sem assistência, isolados, cercados de pistoleiros, e resistimos até hoje. Comemos uma vez por dia.

Em sua carta-testamento os Kaiowá/Guarani rogam:
- Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais.

Diante dessa história dantesca, a vice-procuradora Geral da República, Déborah Duprat, disse: "A reserva de Dourados é talvez a maior tragédia conhecida da questão indígena em todo o mundo".

Em setembro de 1999 estive por uma semana na reserva Kaiowá/Guarani, em Dourados. Estive porque ali já acontecia a tragédia. Tragédia diante do silêncio quase absoluto. Tragédia que se ampliou, assim como o silêncio. Entre 1986 e setembro de 1999, 308 índios haviam se suicidado. Índios com idade variando dos 12 aos 24 anos.

Suicídios quase sempre por enforcamento, ou veneno. Suicídios por viverem confinados em reservas cada vez menores, cercados por pistoleiros ou fazendeiros que agiam, e agem, como se pistoleiros fossem. Suicídio porque viver como mendigo ou prostituta é quase o caminho único para quem deixa as reservas.

Italianos e um brasileiro fizeram um filme-denúncia sobre a tragédia. No Brasil, silêncio quase absoluto: Porque Dourados, Mato Grosso, índios... isso está muito longe. Isso não dá Ibope, não dá manchete. Segundo o Conselho Indigenista Missionário, o índice de assassinatos na Reserva de Dourados é de 145 habitantes para cada 100 mil. No Iraque, esse índice é de 93 pessoas em cada 100 mil.

Desde 1999, quando estive em Dourados com o fotógrafo Luciano Andrade, outros 555 jovens Kaiowá/Guarani se suicidaram no Mato Grosso do Sul. Sob aterrador e quase absoluto silêncio. Silêncio dos governos e da Mídia. Um silêncio cúmplice dessa tragédia.

Tema: Política

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Outra Opinião:

A FDP da Rede Globo para elevar sua audiência no ultimo capitulo da novela Avenida Brasil, utilizou todos os seus telejornais, programas de tv enfim mobilizou toda a estrutura para isso.
Para tentar levar uma noticia de um Genocídio à tribo Guarani Kaiowá não se tem UMA NOTINHA em qualquer que seja o horário.
Mas o povo alimenta a família marinho e seus comparsas, assistindo a tudo e sendo manipulados por eles, ................isso continuem fingindo que nada está acontecendo, que ta um paraíso.
DEPOIS ME PERGUNTAM PORQUE CRITICO O POVO BRASILEIRO.

LUTAR POR DIREITOS LGBT........POR UM ESTADO LAICO......EM DEFESA DOS GUARANIS KAIOWÁ........LUTAR POR TODOS QUE PRECISAM DE NOSSA LUTA

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Minha Raça Humana

Quem é Baby Night ?

“Aprendi com meus erros, pois foi a partir deles que comecei a acertar”. Superei meus medos, pois é superando-os que se aprende o que é coragem. Procuro dá sempre o melhor de mim, para que o melhor para mim possa ser dado. Posso dizer que já sofri, já chorei, já perdi, já errei... Mas posso dizer com mais certeza ainda, que em todas estas situações eu aprendi o segredo da vitória. “Sou o reflexo de tudo em que acredito de tudo que posso ser capaz. Alguém que aprendeu que nunca se deve desistir e se por acaso chegar a desistir, nunca é tarde para começar de novo e fazer um novo fim de sua história... Amo sonhar e acreditar que todos os meus sonhos um dia se tornarão realidade. Amo amar e amo ser amado...”.Poucas horas ao lado de uma pessoa que posiciona palavras de maneira firme, poética, harmônica e que sabe usar cada uma delas no momento exato e no timbre ideal, é transcendental. Não se explica, apenas vive-se o momento. A essência de um homem é a única coisa que o move e que o aproxima de outra essência. A combinação entre as duas compõem o perfume ideal... É como fechar os olhos e viajar num vento ouvindo música tocada pelos anjos...

O preconceito é um ato covarde...

O preconceito é um ato covarde...
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