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Sexta-feira, 16/07/2010, 10h25
Juventude está mais vulnerável à Aids
Encontro discutiu o aumento dos casos de Aids e como lidar com a doença
Dados recentes mostram que, de 1985 a junho de 2009, foram notificados 9.427 casos de Aids entre adultos e crianças em todo o estado do Pará. No mesmo período, Belém registrou 5.008 casos.
Estes números foram divulgados ontem pelo Unicef no I Encontro Amazônico de Adolescentes e Jovens vivendo com HIV e Aids. O evento que começou ontem e vai até o dia 17 de julho contou, além do Unicef, com a participação de representantes do Ministério da Saúde e de redes nacionais de juventude.
Segundo o oficial de desenvolvimento infantil e jovem do Unicef, Antônio Carlos Cabral, no Pará tem acontecido a juvenização da Aids. Segundo o Unicef, em 2000, 35% dos casos de Aids eram em jovens na idade de 13 a 21 anos, já em 2008, esses casos aumentaram para 42,7% na mesma faixa etária.
Para Cabral, a região Norte tem apresentado um aumento por causa das dificuldades de conseguir alcançar regiões mais distantes dos grandes centros. “A interiorização da Aids tem acontecido em quase todos os municípios do Estado pela falta de informação e orientação dos jovens”.
O coordenador da Rede Estadual de Adolescentes e Jovens vivendo com HIV e Aids no Pará, Hugo Soares, reafirma que a falta de informação na Amazônia é o grande motivo pelo qual os índices de Aids tem aumentado na região. Segundo ele, o objetivo do encontro é conscientizar e informar os jovens dos cuidados e de como lidar com a doença.
O Ministério da Saúde, representado pela coordenadora do departamento de DST/Aids e hepatites virais, Ana Paula Prado, informou que a região Norte corresponde pelo menor índice de infecção em todo o Brasil. Mas, segundo ela, a tendência é que haja um aumento nos números, principalmente em relações heterossexuais.
Vários portadores do vírus da Aids relataram sobre como contraíram a doença. É o caso da designer Camila Gonçalves, 23 anos. A jovem, que se infectou aos 16 anos, fazendo uso de drogas injetáveis, passou por grandes problemas no início para aceitar a doença. “Quando somos jovens achamos que somos inatingíveis. Queria experimentar novidades e acabei me infectando. Hoje em dia tenho uma vida comum. O HIV na minha vida é só um detalhe”.
Já o auxiliar de cozinha, Jerônimo Silva, 26 anos, que há dois anos convive com o vírus da Aids, conta que se infectou por falta de cuidados. “Queria curtir a vida sem preocupação e acabei ficando doente”. Para ele, a vida com a doença não é fácil, pois ainda existe muito preconceito. (Diário do Pará)
O que é aids
ResponderExcluirA aids é a sigla em inglês da síndrome da imunodeficiência adquirida. É causada pelo HIV, vírus que ataca as células de defesa do nosso corpo. Com o sistema imunológico comprometido, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, um simples resfriado ou infecções mais graves como tuberculose e câncer. O próprio tratamento dessas doenças, chamadas oportunistas, fica prejudicado.
Mas, atenção! A aids é o estágio mais avançado da infecção pelo HIV. Uma pessoa pode passar muitos anos com o vírus sem apresentar sintoma algum. A duração desse período depende da saúde e dos cuidados do soropositivo com o corpo e alimentação.
Quanta mais cedo a infecção for descoberta, melhor. Portanto, faça o teste sempre que se expor ao HIV.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era quase uma sentença de morte. Atualmente, porém, a aids pode ser considerada uma doença de perfil crônico. Isto significa que é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento e uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal.
ResponderExcluirIsso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que propiciam o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes. Deve-se, também, à experiência obtida ao longo dos anos por profissionais de saúde. Todos estes fatores possibilitam aos portadores do vírus ter uma sobrevida cada vez maior e de melhor qualidade.