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Através dos poemas de Fernando Pessoa (pelo seu heterônimo Álvaro de Campos), este espetáculo tem como tema principal a AIDS, contando a trajetória de 05 pessoas que convivem com o vírus HIV, desmistificando e, ao mesmo tempo, esclarecendo as formas de contágio e o caminho trilhado por uma família sobrevivente (ou não) a todas as esperanças e dores e inquietações.
Usando do jogo do xadrez, mostra-se que a poesia de Álvaro de Campos (um dos mais importantes heterônimos do poeta português Fernando Pessoa) continua viva e pode e pôde ser repaginada, dando um novo e inquietante aspecto a uma das maiores preocupações dos tempos modernos.
No Reino do Xadrez, o Rei (o marido heterossexual) sucumbe aos desejos da carne, procurando satisfazer seus anseios junto ao Bispo (uma travesti). Sem sequer saberem dos riscos que ambos correm, acabam transmitindo o vírus à Rainha (a esposa). Este é o estopim para a violência emocional desencadeada pelo Cavalo (o filho), que através das drogas também contrai o vírus.
A esperança resta somente à Torre (o outro filho), que vê sua estrutura familiar desmoronar em decorrência desta doença que cada vez mais atinge as pessoas, não importando idade, opção sexual, crença ou raça.
Depois de uma extensa consulta e seleção dos poemas de Álvaro de Campos, foi necessário selecionar cada frase meticulosamente, de forma que os sentimentos e sensações de amor, dor, esperança, alegria, entre outros, pudesse encaixar perfeitamente dentro de cada uma das peças do tabuleiro.
De forma intensa, esta peça teatral usa da alegoria carnavalesca transformando as peças do jogo em cenário e figurino, feitos pelos talentosos Antônio Carlos Miranda e Carol Miranda.
A adaptação e seleção dos poemas, bem como a atuação neste monólogo que desafia o ator a exercitar-se em 50 minutos de espetáculo e viver sentimentos que vão desde a loucura até a redenção, fica por conta de Sidney Bretanha.
Este espetáculo tem como objetivo transformar pré-conceitos em valores que devem ser revisitados, ajudando a nós mesmos pensarmos em ações definitivas para uma diminuição do índice de contaminação do vírus HIV e também combater o preconceito tanto à doença como também em relação à sexualidade .
Depois de 2 anos viajando o Brasil, a peça estréia em São Paulo, onde terá algumas ações sociais durante a temporada, como fotos de pessoas desaparecidas nos ingressos e doação de 10% da bilheteria líquida de toda a temporada para a Casa de Apoio Sol Nascente II.
FICHA TÉCNICA:
Texto Original: Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa).
Adaptação e seleção dos poemas: Sídney Bretanha.
Ator: Sídney Bretanha.
Cenário e Figurinos: Antônio Carlos Miranda e Carol Miranda.
Maquilagem: Sílvia Nóbrega.
Operadores de som e luz: Edson Cacimiro e Alex Ogawa.
SERVIÇO:
“XEQUE-MATE”, da Cia. de Teatro Reciclado.
Monólogo com Sídney Bretanha que, através dos poemas de Fernando Pessoa (pelo seu heterônimo Álvaro de Campos), tem como tema principal a AIDS, contando a trajetória de 05 pessoas que convivem com o vírus HIV, desmistificando e, ao mesmo tempo, esclarecendo as formas de contágio e o caminho trilhado por uma família sobrevivente (ou não) a todas as esperanças, dores e inquietações. (60 minutos)
Janeiro - Segundas-feiras às 21h
Fevereiro e Março – Quartas-feiras às 21h
Espaço do Satyros I
Praça Roosevelt, 214
Censura 14 anos
De 17/janeiro a 30/março
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).
www.ciadeteatroreciclado.com.br - (12) 8825-6595 e (11) 6261-9461 p/ reservas.
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