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Após 64 anos juntos, Louis Halsey e John Spofford finalmente se casaram
Por Jesse
Green
Publicado em 11 de
dezembro de 2011
Quando a Biblioteca Columbia fechava todas as noites às 10,
era costume de John Spofford Morgan, que estava estudando para um mestrado em
relações internacionais, pegar o metrô e ir do centro para o bar New Verdi, na
West 72. Naquela época, havia dois tipos de bares para os gays, ele diz: para
novos encontros e para encontrar velhos amigos. O New Verdi era do segundo
tipo, mas ele virou o primeiro quando, por volta das 10h30min de 17 de maio de
1947, Louis Halsey entrou. "Amor à primeira vista", diz Lou agora.
"Foi?" Espanta-se John. "Para mim, foi mais lento." Em todo
caso, Lou e John passaram a noite juntos, assim como eles passariam quase todas
as noites nos 64 anos seguintes. No mês passado, eles se casaram.
John tem 94 anos, está se recuperando de uma fratura no
quadril, fora isso, está tão saudável e bonito como Lou, 88, diz que ele sempre
foi. Uma foto mostra o par em uma praia em Beirute em 1952. Lou se parece com
Tony Curtis, brilhante e com topete. John parece JFK, exceto, como sua mãe
costumava reclamar quando as pessoas em relação comparavam as suas famílias,
que "temos o queixo”.
Ambos serviram na Marinha na Segunda Guerra Mundial, mas em
diferentes oceanos, assim como de certa maneira que eles vieram de mundos
diferentes em terra. João, que ainda fala com o sotaque da elite do início do
século XX, trabalhou como economista. Lou, descendente de imigrantes húngaros,
é cabeleireiro há décadas no Hotel Westbury. Ele usa anéis e cores brilhantes,
João enfaticamente não.
Mas ser gay era um grande equalizador naquela época. E ser
casado é um grande equalizador agora. "As pessoas dizem: “Então, se você é
casado, onde está o certificado?". Lou explica: "Agora temos." A
dupla ignorou a parceria doméstica quando ela veio ("Um passo mais ou
menos", diz John), e uma vez que eles já tinham investido em complicados
subterfúgios legais, custódias e procurações, necessários para proteger um ao
outro, que não viram o ponto de reivindicar direitos de casamento em, digamos,
Iowa. Mas quando a lei aprovada aqui em junho, eles sabiam que iriam dar o
passo. "Só para ter o preto no branco", diz Lou. Para John, "era
mais como terminar algo".
A pequena cerimônia, com um ministro e três testemunhas, foi
realizada em seu condomínio fechado em 11 de novembro, uma data que eles
escolheram, porque eles perceberam há anos a hora 11:11 no relógio ao lado da
cama. Eles não trocaram anéis e não receberam presentes, “exceto Bourbon!” diz
Lou. "Mas ele", ele acena John, "começou a chorar."
"Chorei?" Surpreende-se John.
Fonte com o texto original em inglês:
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